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"Educação sexual"


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"Educação sexual"

"Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre."

Educação sexual é o ensino sobre a anatomia e psicologia da reprodução humana e demais aspectos do comportamento que se relacionam ao sexo. É imprescindível uma Educação Sexual livre de preconceitos, mitos e tabus. Porém, apesar do inquestionável avanço nas idéias, ainda há alguns conceitos extremamente retrógrados, além de terem sido criados outros extremamente consumistas, os quais associam a realização de homens e mulheres exclusivamente à aquisição de bens de consumo. Seu principal objetivo é não apenas a informação, mas também a formação integral do educando, capaz de transformar os valores sociais e culturais ligados à sexualidade de forma construtiva. Graças, principalmente, a maior liberdade política que o Brasil começou a vivenciar a partir da década de 80 a dimensão que a sexualidade tomou no cotidiano cresceu muito em relação a alguns anos. A Educação Sexual vem passando por discussões entre os educadores e estudiosos do tema, resultando em uma crescente publicação na área. Houve, e ainda há, questionamentos em relação aos tabus e a alguns preconceitos presentes na sociedade. Formularam-se novos conceitos, houve descobertas importantes na área da Medicina, Psicologia, Pedagogia, Sociologia entre outras, e ainda não podemos ignorar a ênfase que o tema vem ganhando na mídia. Mas o consenso sobre a temática da Educação Sexual, ao contrário do que se possa imaginar, não é tarefa simples. Dependendo da área de conhecimento em que a pesquisa ou o texto for produzido, eles terão características específicas da área. Figueiró (2001) percebeu que “posturas variadas estavam sendo adotadas pelos autores, quanto à maneira de encarar a Educação Sexual, o que refletia diferentes concepções filosóficas, pedagógicas e metodológicas” (p. xv). Nessa obra, a autora classificou as publicações brasileiras na área da Educação Sexual e, entre outras conclusões, constatou que 51,52% das publicações foram produzidas dentro da Abordagem Pedagógica, 36,36% da Abordagem Política, e que as abordagens Médica e Religiosa contribuíram, juntas, com apenas 6,06%.



Abordagem Pedagógica

Possui as seguintes características:
  • Volta-se mais diretamente para o processo ensino-aprendizagem de conteúdos relacionados com a sexualidade;
  • Valoriza o aspecto informativo desse processo, podendo também dar ênfase ao aspecto formativo, onde se propicie a discussão de valores, atitudes e preconceitos; pode ainda considerar a importância da discussão de dúvidas, sentimentos e emoções;
  • Direcciona mais acentuadamente a reformulação de valores, atitudes e preconceitos, bem como todo o ‘processo de libertação’, para o nível individual (FIGUEIRÓ, 2001, p. 90, grifo da autora).

Abordagem Religiosa Tradicional

Possui as seguintes características:
  • liga a vivência da sexualidade ao amor de Deus e à submissão às normas religiosas oficiais;
  • tem como metas básicas a preservação dos valores morais cristãos e o desenvolvimento da vida espiritual;
  • vincula sexo ao amor pelo parceiro, ao casamento e à procriação;
  • encara o matrimônio e a virgindade/castidade como os dois únicos modos de viver a aliança com Deus;
  • valoriza a informação de conteúdos específicos da sexualidade (encarando-a, porém, como uma meta secundária);
  • pode estar comprometido com uma educação para o pudor; (FIGUEIRÓ, 2001, p. 23, grifo da autora).
A preocupação da Abordagem Religiosa é a formação cristã dos indivíduos, sendo que os católicos seguem as orientações oficiais da Igreja e os protestantes (cada denominação a seu modo), a interpretação literal da Bíblia.

Abordagem Religiosa Liberadora

Apresenta as seguintes características:
  • liga a vivência da sexualidade ao amor a Deus e ao próximo;
  • tem como metas básicas a conservação dos princípios cristãos fundamentais, o desenvolvimento da vida espiritual e a conscientização do cristão para a participação na transformação social;
  • valoriza a informação de conteúdos, num contexto de debate, para, através da discussão da sexualidade, levar a tomada de consciência da cidadania;
  • vê de maneira crítica as normas oficiais da Igreja sobre a sexualidade e procura levar o cristão a ser sujeito de sua sexualidade, com liberdade, consciência e responsabilidade;
  • vê a Educação Sexual como um ato político, ou seja, como uma atitude de engajamento com a transformação social [...]. (FIGUEIRÓ, 2001, p. 23 - 24).

Abordagem Política

Possui as seguintes características:
  • orienta para o resgate do gênero, do erótico e do prazer na vida das pessoas;
  • ajuda a compreender (ou alerta para a importância de se compreender) como as normas sexuais foram construídas socialmente;
  • considera importante o fornecimento das informações e auto-repressão;
  • propicia questionamentos filosóficos e ideológicos (ou mostra a importância desses questionamentos);
  • encara a questão sexual com uma questão ligada diretamente ao contexto social, influenciando e sendo influenciada por este;
  • da ênfase à participação em lutas coletivas para transformações sociais;
  • considera importantes as mudanças de valores, atitudes e preconceitos sexuais do indivíduo para o alcance de sua libertação e realização sexual. Porém, isto é encarado como um meio para se chegar a novos valores sexuais, que possibilitem a vivência de uma sexualidade com liberdade e responsabilidade, em nível não apenas do indivíduo, mas da sociedade como um todo (FIGUEIRÓ, 2001, p. 108, grifo da autora).

Referências

  • FIGUEIRÓ, Mary Neide Damico. Educação sexual: retomando uma proposta, um desafio. 2. ed. Londrina: UEL, 2001. 183 p.

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